Mulheres Negras pelo Clima

Anunciada em novembro de 2023, durante a Caravana das Periferias de São Paulo, a mentoria Mulheres Negras pelo Clima foi fruto da parceria firmada entre o Projeto ANDUS e a Secretaria Nacional de Periferias (SNP) do Ministério das Cidades (MCID), como parte do Programa Periferia Viva.

A iniciativa trabalhou com cinco mulheres negras líderes de coletivos e organizações das perfierias urbanas, que lutam pelo desenvolvimento sustentável em seus territórios. As lideranças foram selecionadas a partir da Caravana das Periferias.

Ao longo de 2024, a mentoria desenvolveu capacidades e promoveu o fortalecimento político e institucional das lideranças. Durante a jornada, elas trabalharam conceitos relacionados às mudanças do clima e competências de liderança, foram assessoradas a promover a melhoria ambiental e resiliência climática em seus territórios e formaram uma rede de apoio, onde compartilham suas trajetórias pessoais e trocam experiências.

De maio a julho de 2024, a equipe técnica e as lideranças visitaram os territórios das selecionadas, onde realizaram reuniões e oficinas de trabalho com as comunidades, criando espaços de troca entre as lideranças. A experiência da Mentoria vai alimentar uma referência de boas práticas e apoiar o governo federal na construção de políticas públicas que poderão expandir o alcance das lições aprendidas para os territórios periféricos de todo o país.

Para conhecer mais a fundo os avanços e resultados da Mentoria Mulheres Negras Pelo Clima, acesse a reportagem especial clicando aqui.

Conheça as lideranças

• Ana Claudia Barbosa - Ocupação Terra Prometida, Jardim Ângela - São Paulo/SP
  Coordena a Terra Prometida, uma comunidade de 2430 pessoas localizada na Zona Sul da capital paulista. É responsável pela articulação e promoção das ações em prol dos direitos urbanísticos e sociais, coordenando as atividades da Cozinha Solidária do MTST, articula o processo de regularização fundiária e organiza as doações recebidas, fazendo a articulação com organizações da sociedade civil e administrando o Ateliê Mulheres de Força, que promove o empreendedorismo das mulheres da Terra Prometida.

• Bizza Araújo - Cozinha Solidáraia do MTST, Sol Nascente - Brasília/DF
  Coordenadora na Cozinha Solidária do MTST em Sol Nascente, a maior favela do Brasil em número de moradias. A Cozinha distribui de 120 a 150 marmitas por dia, possui uma horta urbana, que fornece alimentos para a cozinha e insumos para cuidados de saúde pautados no saber ancestral, e realiza projetos educacionais com as crianças da região. 

• Dayane Monteiro -  Clube de Catadores do Aratu, Comunidade Aratu - João Pessoa/PB
  Catadora de materiais recicláveis, Dayane mora na Comunidade Aratu, território em processo de regularização fundiária e com pouco acesso a infraestrutura e equipamentos públicos. Coordena o Clube de Catadores do Aratu, projeto social que apoia as famílias da região, que em sua maioria trabalham na catação. Ela luta para que catadoras e catadores vivam e trabalhem de forma mais digna e segura.

• Lília Melo -  CineClube TF, Bairro Terra Firme - Belém/PA
  Educadora, trabalha para construir uma rede de comunicação e cultura que fortaleça a identidade local e a luta por direitos e justiça social. Lília coordena o Cineclube Terra Firme, que promove o reconhecimento e valorização da identidade sociocultural afro-indígena ribeirinha junto à juventude da Terra Firme. O bairro é um dos mais populosos e vulneráveis da capital

• Simone da Silva - Coletiva Mulheres da Quebrada, Aglomerado da Serra - Belo Horizonte/MG
  Co-coordena a Coletiva Mulheres da Quebrada, trabalhando na defesa de direitos das mulheres, no enfrentamento às violências, à pobreza menstrual e à insegurança alimentar. Com um trabalho centrado em arte, realizam oficinas culturais e ações solidárias e oferecem apoio psicológico para mulheres do Aglomerado da Serra, o maior conjuto de favelas de Minas Gerais.

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